O Dia do Trabalho é comemorado em 1.º de maio, para celebrar as conquistas dos trabalhadores em todo o mundo e conscientizar sobre seus direitos.
A escolha desta data aconteceu em 1886, quando empregados de Chicago, Estados Unidos, promoveram uma grande greve para reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias.
No entanto, uma explosão na fábrica, que acredita-se ter sido proposital, resultou na morte de várias pessoas, principalmente mulheres.
Hoje, a data marca o movimento operário, homenageia as vítimas e reforça a importância de lutar por melhores condições trabalhistas, além de trazer oportunidades para novos grupos.
Brasil tem recorde de mulheres empreendedoras
No Dia do Trabalho, o Brasil comemora um recorde de mulheres empreendedoras, número que vem crescendo anualmente.
A última pesquisa do Sebrae, feita com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicou que o terceiro trimestre de 2022 atingiu 10,3 milhões de donas de negócios no país, sendo mais de 34% dos empreendedores.
Esse cenário se mantém positivo, principalmente, pelo número de mulheres em posições de liderança em grandes empresas, como Luiza Trajano, do Magazine Luiza, e Priscilla Levinsohn, diretora de marketing do Colinas Shopping.
O Setor de Serviços se destaca, onde existe a maior participação de mulheres, de 53%, com vantagens sobre a presença masculina (36%).
“O desejo das mulheres de terem mais autonomia, liberdade e independência financeira têm impulsionado cada vez mais o empreendedorismo feminino, porém, grande parte dos negócios ainda nasce da necessidade e da falta de renda”, aponta Priscilla Levinsohn.
Desafios e tendências do empreendedorismo feminino
Um dos principais desafios do empreendedorismo feminino é conquistar espaço em outros setores dominados majoritariamente por homens.
Diversas oportunidades podem ser menos acessíveis para esse público, além de enfrentar o preconceito e a discriminação.
Além disso, muitas mulheres têm mais responsabilidades em casa, cuidando de filhos e outras tarefas domésticas. Isso pode tornar mais difícil para elas administrar seus negócios e equilibrar as demandas de negócio e vida pessoal.
Também vale reforçar a falta de suporte, pois muitas mulheres empreendedoras têm menos network e mentorias. Assim, dificulta obter orientação e apoio na construção de seus negócios.
A falta de modelos femininos de sucesso pode dificultar o incentivo de donas de negócio iniciantes.
No entanto, isso está mudando, graças à tecnologia, com acesso a cursos, espaços de liderança e as facilidades de trabalho em casa pela internet.
Isso facilita o trabalho para mulheres empreendedoras, com mais recursos para desenvolver um negócio sem depender de questões como gênero e rede de contatos.
“Investir no modelo híbrido, também conhecido como “figital”, que une a loja física com a digital também é uma forte tendência. O importante é ficar atento aos comportamentos e às necessidades do cliente e, principalmente, às demandas tecnológicas para não ficar para trás”, salienta Priscilla Levinsohn em seu artigo para o portal Exame.
No Dia do Trabalho, é importante valorizar principalmente o empreendedorismo feminino, que está se tornando a principal tendência do mercado.
Mesmo com obstáculos como preconceito e falta de acesso a oportunidades, novas tecnologias e inspirações podem fazer com que mulheres se posicionem nesses locais e desenvolvam o próprio negócio.