Brasil investe no desenvolvimento de novos terminais de GNL

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Investimento em novos terminais de GNL consolida Brasil no setor

O Brasil está se consolidando no cenário de gás natural ao investir no desenvolvimento de novos terminais de GNL. As obras ocorrem em diversos estados, e podem trazer grande flexibilidade de suprimento para o país.

O intuito é potencializar a produção renovável de energia, que precisa de fontes alternativas flexíveis para cobrir a volatilidade das renováveis, e permitir que exista mais destaque para o cenário nacional frente às possibilidades de alianças com clientes industriais que também busquem flexibilidade no suprimento.

Veja os principais investimentos e quais os terminais de GNL no Brasil estão cotados para os próximos meses.

Investimento e desenvolvimento em novos terminais de GNL 

Grandes investimentos em novos terminais de GNL já estão se consolidando no Brasil, inclusive com muitos deles já em operação.

Nos últimos anos, o país ganhou novos players no mercado de suprimento de gás natural, como a Excelerate, New Fortress Energy (NFE), Gás Natural Açu (GNA) , mais recentemente, a Eneva, que comprou a Centrais Elétricas de Sergipe (CELSE).

Os investimentos estimados sao da ordem de R$300 milhões, prevendo a  implementação de um gasoduto de aproximadamente 25 km, além das infraestruturas de acesso necessárias para conectar o terminal de GNL da CELSE à malha de transporte de gás natural da TAG.

O processo de compra teve o apoio da Lazard Assessoria Financeira e do consultor Eduardo Antonello, ex-CEO da Golar Power, empresa que implantou o projeto Celse.

Essa construção será de vital importância para o Nordeste, que poderá participar da regaseificação nacional e contribuir com o suprimento de toda malha da Tag ao longo da costa brasileira.

Depois do investimento, o mercado brasileiro vive uma corrida pela finalização de novos terminais de GNL.

Existem três plantas em construção, uma em São Paulo, uma em Santa Catarina e uma no Pará, todas previstas para 2023 e 2024, depois de atrasos e a adesão de novos empreendedores.

Enquanto isso, existem novos projetos em desenvolvimento em pelo menos cinco estados: Ceará, Pernambuco, Maranhão, Rio de Janeiro e Paraná.

Oportunidade de crescimento para o Brasil

A construção dos terminais de GNL no Brasil são uma oportunidade de crescimento energetico para o País. Alem de criarem uma verdadeira arbitragem de precos versus o gas de producao domestica, ate entao monopolizada em grande parte pela Petrobras.

De acordo com o consultor Eduardo Antonello, o Brasil encontra-se em uma situação única no que se refere ao suprimento de Gás. Para ele, o importante daqui para frente é ter uma visão mais ampla do cenário energético dentro do país e buscar a otimização da infraestrutura instalada e consequente aumento na competitividade da cadeia de suprimentos.

“Hoje o país conta com 8 terminais de GNL (Pecém – CE), Barcarena (PA), CELSE (Sergipe), Aratu (Bahia), Açu e Guanabara (ambos no RJ), Compass (SP) e TGS (SC). Somadas as capacidades desses terminais, são mais de 800 milhões de m3 de gás, consumo equivalente do país durante quase duas semanas). E capacidade de regaseificação de 110 milhões de m3/dia, o dobro do que o país atualmente consome. Também temos o Rota 3 entrando em operação em 2023 com 23 milhões m3/d, e o duto de escoamento de Sergipe-Alagoas com mais 18 milhões m3/dia”, explica o especialista.

Com esses projetos, o Brasil pode aumentar suas opções de fornecimento já no próximo ano, sendo capaz de atender as demandas de clientes industriais e usinas termelétricas flexíveis. 

O que esperar dos próximos meses?

Os próximos meses serão cruciais para a consolidação dos terminais de GNL no Brasil, mas não devem encerrar os investimentos.

Segundo Eduardo Antonello, ainda existem outros projetos que podem ser estratégicos como, por exemplo, o de armazenagem subterrânea em campos depletados que visam auxiliar na flexibilidade de suprimento do sistema elétrico e cadeia industrial. 

“Agora nos resta aproveitar o posicionamento único do país no setor energético para alavancar a economia com geração de emprego e renda”, indica o especialista.

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